Secretaria da Educação lança na rede estadual o romance Torto Arado, do escritor baiano Itamar Vieira Jr.
O secretário Jerônimo Rodrigues explicou a importância de distribuir o livro Torro Arado para ser debatido em sala de aula. “Temos uma política estadual de estímulo à leitura de diversos temas. Este evento é um exercício deste propósito de estimular dentro da rede a leitura e a produção literária, como já temos feito nas feiras literárias em todo o Estado. Torto Arado é um livro muito importante porque retrata temas estratégicos, como a vida e a educação no campo, a reforma agrária, o acesso a direitos, o papel da mulher, a inclusão. A escola é plural e todos os temas devem ser respeitados e debatidos. E Torto Arado, para a gente, simboliza o resgate de um conjunto de temas importantes por meio de um escritor baiano que vem desse lugar para contar a história do que ele pensa, sonha e viveu”.
O autor do livro que ganhou os leitores de todo o Brasil e de fora do país, e que em breve estará indo para o Japão, falou sobre o desenvolvimento do livro e a sua satisfação de tê-lo nas escolas. “Torto Arado é uma história que me acompanha há muito tempo, porque meu pai tem origem no campo e eu ouvia dele as suas histórias e as dos meus avós, e, depois, fui trabalhar como servidor público do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e pude ver de perto aquilo que meu pai relatava. É muito importante ver que o livro está chegando aos estudantes, porque penso em mim, quando era estudante e o quanto fez diferença eu ter tido acesso à literatura. Fico muito feliz com esta iniciativa da Secretaria da Educação e não tem prêmio maior para um escritor do que ver seu livro circular especialmente nas escolas e em meio ao público que ele retrata.
Iris Santos Neves, 20 anos, ex-estudante do Colégio Estadual Quilombola José Luiz, localizado em Lage dos Negros, declamou a poesia “Mulatas já não aceito”, de sua autoria. “Sou uma jovem negra, de uma comunidade quilombola, e sinto na pele, todos os dias, em pleno 2022, a dor da escravidão. Este livro nos entrega o nosso poder de viver com postura e força que os nossos ancestrais nos deixaram. É uma sorte grande os estudantes terem a oportunidade de trabalhar esta obra e poder passar para outros alunos a discussão de temas tão importantes”, relatou. A estudante Débora De Jesus Souza, 16, do Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora da Conceição, em Maragogipe, também declamou a sua poesia “A vida ao meu olhar”.
O evento apresentado pelo jornalista Raoni Oliveira contou, também, com os pronunciamentos da secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial da Bahia, Fabya Reis; do presidente do Conselho Estadual da Educação (CEE), Paulo Gabriel Nacif; do 1º vice-presidente da Associação Baiana Estudantil Secundarista (ABES), Kaio Vasconcelos; do superintendente de Políticas para a Educação Básica do Estado, Manoel Calazans; e da deputada estadual Olívia Santana, representando a Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA); estiveram presentes, ainda, representantes dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE), das Escolas Família Agrícola (EFAs), do Movimento dos Sem Terra; APLB-Sindicato dos Professores; do Conselho da Câmara de Juventude Rural; do Fórum Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável do; e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), entre outros.
FONTE: Portal Educação
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